O Vale das Sombras

O Vale das Sombras

A sombra. A escuridão. As pessoas têm medo da escuridão, medo do mundo das sombras. Seria o inferno? O inferno é a própria consciência das pessoas e é também o inconsciente, tudo o que a pessoas precisam mudar e transformar para conseguir realmente crescer espiritualmente. O vale das sombras é apenas uma parte da Jornada do Herói, que precisa encarar seus monstros (sombras), vencê-los e renascer mais forte. 




NO XAMANISMO

Há muitos trabalhos xamânicos que são feitos com o princípio de entrar dentro de si mesmo e encarar suas sombras, iluminar as sombras. É como morrer (morte do ego ou emoções e crenças negativas) e entrar no “mundo dos mortos” e renascer. O ego seriam demônios internos (as sombras ou sentimentos e crenças negativos) e alguns deuses das mitologias antigas seriam os arquétipos que fariam o trabalho de eliminá-los. Muitos trabalhos xamânicos requerem que a pessoa seja até enterrada para depois ser desenterrada, como numa morte simbólica. Ou pode entrar numa caverna escura e ficar ali por um tempo.




NA BÍBLIA

Quando Jesus completou seu ciclo na Terra, ele havia superado as tentações, feito seus milagres e acaba sendo entregue por um de seus apóstolos, Judas. Judas acreditava que Jesus seria um Rei terreno e por isto o fez. E ser um Rei terreno era uma das tentações que Jesus precisou vencer quando estava no deserto. Esta tentação maior acaba por ser externalizada e Judas faz este papel difícil de carregar este fardo e vai parar no inferno. Quando Jesus é ressuscitado dos mortos (passa por uma transformação), Ele desce ao inferno e liberta Judas, que era apenas a sombra dele (Jesus) projetada para fora. Completa assim seu ciclo e ressuscita como um Deus.



No primeiro testamento, há a história do profeta Jonas que viveu na baleia. É o mito de entrar numa "caverna" e sair transformado.

NA MITOLOGIA

Mitologia Greco-Romana

Eleusis

É o Hades dos romanos. Hades é o submundo, o inconsciente mais profundo onde estão as nossas sombras, as partes que precisamos transmutar.

O mito de Perséfone e Hades fala sobre este processo de transmutação.
Hades é o Senhor do Submundo, do mundo das sombras. É onde está o conteúdo inconsciente que precisa ser transmutado, precisa ser curado na humanidade.

Perséfone é a deusa das flores, frutos, perfumes e ervas. É filha de Zeus e Demeter, a deusa da agricultura.




Muitos deuses do Olimpo se apaixonaram por Perséfone. Hades também e ele não resistiu e raptou-a enquanto colhia narcisos.  




Flores e frutos podem ser utilizados para fazer remédios como os florais e os extratos dos frutos, sucos. Os perfumes são provenientes dos aromas das flores e frutos, dando origem à aromaterapia. As ervas são utilizadas há muito como remédios e como plantas mágicas para acessar o inconsciente. Ao considerar esta relação das flores, frutos, perfumes e ervas com a cura do inconsciente, entende-se que Perséfone reina no mundo do inconsciente, das sombras.

Demeter fica desesperada e descobre que Perséfone foi raptada por Hades. Ela entra em profunda tristeza e o inverno se estabelece na Terra, como uma estação onde a terra é infértil e os homens ficam sem alimentos da agricultura. A estação do inverno, onde nos recolhemos dentro de casa principalmente em países de clima temperado onde as estações são bem marcadas e há neve, tem esta característica de introspecção, de leitura, de atividades mais caseiras. Na natureza, os ursos hibernam nesta época, as sementes estão na terra esperando a primavera surgir e os animais todos se recolhem. Todos entram no mundo do sono, do inconsciente.




Demeter descobre que Hades raptou Perséfone e envia Hermes (que podia transitar por todos os lugares por ser o deus mensageiro) para recuperá-la.




Nos processos de cura, Hermes tem o seu cauduceu que são os chacras e a energia kundalini. Depois de utilizarmos os remédios feitos com ervas, florais, frutos e sucos terapêuticos, chás e aromaterapia para curarmos as sombras do inconsciente, o cauduceu aparece reluzente como nossos chacras novamente curados e prontos para ascender novamente ao “mundo dos deuses” ou à parte divina dentro de nós.




No entanto, este é um processo contínuo que não é feito uma vez apenas na vida. Portanto, Perséfone precisa voltar para o mundo de sua mãe Demeter (o mundo dos humanos e dos deuses do Olimpo) durante metade do ano e na outra metade volta para o mundo das sombras, do inconsciente, como todos nós. Passamos um ciclo no inconsciente limpando os porões e depois vamos para a superfície viver na luz. 

Perséfone, sacerdotisa que se utiliza das flores, frutos e ervas para curar o inconsciente e o corpo, na carta de tarô, comendo a romã




Este acordo de que Perséfone teria de voltar para o submundo de Hades acontece quando ela come uma romã, que é uma fruta que simboliza o amor (princípio de toda cura), o casamento (imagine a união de Animus e Anima na cura das energias, Yin e Yang se unindo), a fertilidade (na formação de um novo ser, de uma nova semente ou do próprio ser), o nascimento (ou o renascimento), o rejuvenescimento (da transformação da cura). Através do amor todas as curas são feitas. A romã está presente no Templo de Salomão com este mesmo significado.


Hecate



Hécate é a deusa da magia, da noite, da lua, dos fantasmas. Ela ajuda Demeter a encontrar Perséfone. Depois disto, Hécate também acaba indo viver no inconsciente. A magia e a espiritualidade também entram em contato com o mundo inconsciente das sombras para fazer curas.



Baco e a Bacanal

Sim, Baco é ligado ao vinho e às bacanais, orgias. No entanto, e se a interpretação do mito fosse feita de outra maneira?

No xamanismo, por vezes há o uso de bebidas enteógenas (bebidas que levam a pessoa a entrar em contato com o Deus interno, a porção divina, abrir o terceiro olho e conectar), muitas vezes conhecidas como "vinho das almas" no caso da ayahuasca. 

Esta bebida sagrada, presente em diversas religiões antigas, como a egípcia e a hindu, fazia com que a pessoa se despisse de todo o materialismo e de todas as máscaras que a impediam de se enxergar verdadeiramente, de ver suas sombras. As pessoas, com a alma desnudada do mundo material, seriam reconstituídas pelo amor. 

Este amor seria simbolizado no ato sexual de amor tântrico, o despertar da Kundalini (não necessariamente a conjunção carnal entre as pessoas numa orgia). 

Mitologia Egípcia

Ísis, Osíris e Horus

No Egito antigo, o mito de Osíris, Ísis e Horus falam sobre este processo de transmutar as sombras. Não vou transcrever o mito aqui, porém vou dar uma interpretação.



Osíris vivia em conflito com seu irmão Seth e por estas disputas, enche-se de sentimentos negativos. Quando isto acontece, seu corpo é “esquartejado”, em verdade, seus chacras foram desconectados, bloqueados e assim vai para o “submundo”, estes sentimentos negativos entram em seu inconsciente. Horus, filho de Osíris e Ísis, que é o terceiro olho (o Olho de Horus) luta então com Seth (nos trabalhos xamânicos com a abertura do terceiro olho entramos dentro de nós para lutar contra nossos demônios internos, simbolizados por Seth). Horus consegue reestabelecer quase todo o corpo (chacras) de Osíris mas é somente Ísis que consegue recolocar seu falo (a Kundalini) através do amor e da conexão com o Divino através da ascensão (por isto as asas de Ísis, que é a deusa do amor que leva à conexão com o Divino e tem as asas para ascender).




Mitologia Hindu

Shiva casa-se primeiro com Shakti que é a energia da Kundalini, a serpente que sobe pela coluna dos chacras. Diz-se que Shiva não seria nada sem Shakti. Shiva é o terceiro olho aberto, é o Senhor destruidor dos demônios internos, quando o terceiro olho está aberto e somos capazes de entrar para dentro de nós mesmos e enxergarmos os demônios internos. Shakti precisa subir e circular corretamente para que o terceiro olho (Shiva) abra e por isto dizer que Shiva não é nada mais do que um cadáver morto sem Shakti. Shakti depois morre no fogo por “rejeição” de seu pai Daksha que rejeitava Shiva por pensar que ele não seria um ser divino por conta de estar simbolizado em conjunto com os demônios que ele destrói dentro de nós mesmos. Seria como se rejeitássemos o trabalho interior por não aceitar que temos sombras dentro de nós. Shakti põe fogo em si mesma e morre. Neste caso, Shakti como a Kundalini, o fogo interno sobe, porém se extingue já que ainda não é sustentado por apenas estar começando o seu trabalho e por medo da pessoa encarar seus demônios internos.





Shakti renasce como Parvati, filha do Deus Himalaia. Shiva a conhece e casa-se com ela novamente. Parvati possui outras faces de deusa e duas destas faces são bem características de consortes de Shiva. Durga e Kali. Durga é a face guerreira que porta armas e vem montada num tigre. Kali é a parte que assusta nos conceitos ocidentais e seria a que realmente mata os demônios internos sem deixar que eles renasçam. Há semelhanças com Hécate que também tem três faces.




Shiva traz para a humanidade as danças sagradas e a yoga que também fazem o processo de cura interna, resultando numa melhor saúde física e psicológica.

Mitologia Celta

Cernunos é o deus que é o guardião do portal para o Outro Mundo. Ele é o deus cornudo, da vida e da morte, do renascimento. É o deus que toma conta dos animais selvagens. Ele é o Deus Sol para a Deusa Lua. Ele nasce no solstício de inverno, se une com a Deusa em Beltaine e morre no solstício de verão para dar fertilidade à terra como Rei Sagrado.




NA ASTROLOGIA

Plutão e Escorpião

Escorpião é um signo que simboliza a transformação, a mudança, a revolução, revolver feridas muito profundas para curar. Plutão é o planeta regente de Escorpião e tem o mesmo significado que Hades. A casa em que se encontram escorpião ou plutão indicam os setores da vida onde a pessoa sofrerá mais transformações. O próximo signo depois de Escorpião é Sagitário, quando nos tornamos deuses, já renovados, transformados depois de encararmos nossas sombras. 


NA FILOSOFIA

A caverna ou túnel são símbolos de locais de transformação. Podem ser locais de iniciação também.

A história da Caverna de Platão tem outra leitura que seria a dos homens que ainda estão dentro da caverna apenas olharem para suas sombras, sem saber o que fazer com elas, então apenas as classificam. Não sabem que podem se libertar das mesmas e saírem da caverna renascidos para um mundo novo. 




NA LITERATURA E NO CINEMA

Em Star Wars, Luke entra numa caverna e encara a sua sombra que seria entrar para o lado negro da força como seu pai, Anakin Skywalker que virou Darth Vader.



É o mesmo processo de Alice no País das Maravilhas, que entra num buraco no chão perseguindo o coelho e consegue sair como heroína. Quem lida com processos psicológicos usando a linguagem de Jung compreende este processo de auto cura.



Em Harry Potter, existem 7 horcruxes que Voldemort criou. São sete pessoas que ele assassinou e deixou uma parte - fragmento - da alma em cada uma delas. Estes fragmentos foram colocados em objetos. São como os 7 chacras bloqueados. Depois que cada uma das horcruxes são destruídas, cabe a Harry destruir a última, que seria ele mesmo, como num mito de morte e renascimento, ele enfrenta seu pior inimigo, Voldemort. É como se ele desbloqueasse todos os chacras e o principal, o último, o da cabeça - por isto a cicatriz de Harry - é a conexão com seu Eu Divino e o fim das sombras de Voldemort. 


A questão de entrar dentro de uma caverna e se transformar também acontece na história de Pinóquio, que apenas se torna um menino de verdade quando para de mentir e entra dentro de uma baleia - caverna para salvar seu pai humano, Gepeto. 




QUAIS SÃO AS SOMBRAS?

Os sentimentos negativos e as crenças negativas são as sombras. São elas que bloqueiam os chacras ou as energias.

Medo

O medo é o que bloqueia o primeiro chacra. A pessoa que tem questões com este primeiro chacra precisa de muita segurança, seja financeira, em tudo. Há medo também da destruição e dos inimigos. E há também o apego às coisas.

Muitos têm medo das próprias sombras. Existem muitos que tem medo por exemplo de instintos próprios, alguns tem medo de se tornarem homossexuais (porque tem vontades que não contam a ninguém) ou que os filhos se tornem homossexuais (por medo do que a sociedade faria com eles ou que não deixem descendentes – no entanto isso já está mudando) e assim criam um preconceito (pré-conceito, um conceito formado antes de se conhecer a pessoa de fato) contra os gays.

Culpa

A culpa é o que bloqueia o segundo chacra. Muitas vezes o excesso de prazer leva a consequências ou se o tal prazer é ligado a algo que não é benéfico para as pessoas a culpa é gerada. Muita gente sente culpa de coisas que fizeram de errado e escolhem alguém para apontar os erros e dizer que são piores, porque precisam de alguém que pague até pelas próprias culpas. É a origem do tal “bode expiatório”, o bode que servia como sacrifício feito pelos hebreus na época da Páscoa para “expiar” os pecados. Pecados são culpas que as pessoas carregam. É o medo do carma.

Já vi casos de heterossexuais que aprontaram tanta coisa como bater em mulher e cometer o que seriam considerados crimes sexuais que se tornaram homofóbicos como que num mecanismo de defesa para apontar a culpa para outra pessoa, procurando dizer que o homossexual é pior que ele que claramente cometeu um crime sexual. É como se a pessoa desviasse os olhos da sociedade para a sua culpa para olhar para uma outra pessoa que supostamente teria mais culpa que a primeira. Uma estratégia bem covarde. 

Raiva

O medo e a culpa podem piorar e se tornar raiva e depois podem se tornar ódio.

A raiva também pode surgir da rejeição que a pessoa sofre, geralmente isso se junta com a culpa.

Nestes dois casos, o primeiro e o segundo chacra estão bloqueados também. 

A raiva pode também vir de frustrações. Neste caso, seria o bloqueio do terceiro chacra que lida com as vontades, os desejos, as aspirações.

É uma energia explosiva e incendiária, do elemento fogo. O bloqueio do chacra solar pode ocasionar muita destruição. Quanto maior o poder de uma pessoa, maior seu poder de destruição se está frustrada.

A frustração muitas vezes vem de expectativas muito altas que a pessoa tem de alguma coisa ou de si mesmo. Por isto a pessoas se frustra algumas vezes mesmo que o resultado seja satisfatório num nível normal.

Outras vezes uma cobrança excessiva nos primeiros anos de formação pode resultar em baixa autoestima se a pessoa foi muito reprovada mesmo sendo capaz. Isto também provoca frustrações e inveja.

A inveja é a raiva gerada pela frustração ao ser direcionada a outro que possui atributos ou coisas que a pessoa não tem.

Falta de perdão, falta de empatia e baixa autoestima

A baixa autoestima muitas vezes é resultante de como a pessoa é tratada nos primeiros anos de vida. Se há cobrança excessiva, a pessoa nunca estará satisfeita consigo mesma e não se amará o suficiente. A culpa excessiva e a autopunição podem resultar em suicídio. 

Muitos enfartam por rejeitarem o que são ou o papel que estão exercendo muitas vezes apenas para agradar a sociedade e não por serem autênticos com eles próprios.

O orgulho faz com que todos os bloqueios dos chacras anteriores (medo, culpa, raiva e frustrações) sejam direcionados para os outros. Há medo do outro, a culpa é dele apenas e há raiva destas pessoas. Não há perdão para o que fazem e eles merecem as piores punições. Não há empatia quando as pessoas procuram jogar o ódio em outros.

Melhor punir os outros do que a si mesmo.

Mentiras e falsa identidade

As pessoas que já não tem mais empatia e tem os outros chacras bloqueados para uma questão ou muitas pode entrar no fanatismo e assim começa a professar mentiras contadas para si e para os outros.

A pessoa fanática pensa que a sua pessoa ou a sua crença ou time ou religião ou partido político é perfeito ou melhor que todos os outros e todos os outros são os vilões absolutos. 

Esta é a mentira que se conta para si.

E esta mentira pode ser contada para os outros.

A calúnia, a difamação, as fofocas são resultantes deste tipo de mentira proveniente do orgulho. Jogam-se pedras através de palavras e a culpa sempre é do outro.

Ansiedade e falta de conexão com os outros

A ansiedade é fruto do bloqueio do chacra frontal. O chacra frontal faz com que a pessoa compreenda a conexão do passado, presente e futuro. Quem não consegue compreender esta conexão, tem medo do futuro. Até por conta do bloqueio dos outros chacras e a culpa acaba por levar à sensação de não merecimento e por isto o medo do futuro. Se a pessoa não merece o que é de bom, tem medo do que Deus vai trazer como castigo. Ansiedade é o medo do futuro.

O chacra frontal lida com a percepção de que estamos conectados com o todo também. O fluxo da energia do amor corre livre entre todos os seres e coisas se temos o espírito livre das emoções negativas e das crenças negativas. Quanto mais livre, maior a sensação de conexão e confiança. O fanático não enxerga-se com o todo, ele acredita que é superior ao resto e precisa acreditar que o inimigo está separado e contém todo o mal.

Apego e recusa de mudar

O bloqueio do chacra coronário é o apego e a recusa de mudar. Que seria resultante do bloqueio do primeiro chacra. Se a pessoa tem confiança no fluxo e na fluidez da vida (o desbloqueio do chacra frontal), então a pessoa consegue desapegar de coisas e situações para dar espaço ao novo. O fanático não quer mudar de jeito nenhum, acredita que quem tem que mudar é o outro e não ele mesmo.

PROJEÇÃO DA SOMBRA NO OUTRO

Quando a energia negativa é muito forte e se bloqueiam muitos chacras, as pessoas tendem a projetar as sombras nos outros. É sabido que o outro é o espelho de si mesmo. É este o mecanismo.

O problema de projetar nos outros as sombras é acontecer desrespeitos, agressões, destruição e morte daqueles nos quais as sombras são projetadas. E isto atrai carma para quem comete estes atos.

Preconceitos

Preconceitos são resultantes desta projeção das sombras nos outros. Desde o medo e a rejeição, o culpar o outro até a raiva e o ódio extremos que levam a atos de destruição, como a morte e a segregação social (que é a morte social).

O Bode Expiatório, A Vítima

A culpa está presente nas religiões principalmente ocidentais.

No primeiro testamento, fala-se no bode que era sacrificado na Páscoa, para que as culpas das pessoas fossem limpas. É a origem do termo “bode expiatório”, aquele que expia as culpas.

Aquele que aponta o dedo tem três dedos apontados para si mesmo. Geralmente quem acusa o outro e quem persegue é porque faz coisas muito piores.

O bode expiatório pode ser uma pessoa ou um grupo eleito para que todos coloquem as culpas da sociedade inteira. Um exemplo claro eram os hebreus na época do nazismo, que foram culpados de todos os males da queda da Alemanha antes da segunda guerra mundial.

Linchamento

O linchamento, seja físico ou virtual, acontece desde sempre infelizmente. Apedrejar hoje em dia se tornou hábito nas redes sociais. É o resultado do mecanismo do bode expiatório em escala coletiva.

Idolatria

A idolatria é uma outra maneira de projetar no outro a sombra muitas vezes, principalmente se o outro for um inquisidor e se tiver inimigos baseados em preconceitos.

A idolatria é uma mentira pois faz com que o ídolo seja considerado perfeito, como se fosse o salvador e pudesse resolver todos os problemas de quem idolatra.

Quem idolatra também quer colocar a responsabilidade de seus atos no ídolo. Isto é muito perigoso. Supomos que alguém gostaria de matar, não o faz mas apoia ídolos que tenham esta capacidade e “autorização” da sociedade para fazê-lo. Este desejo vil, se apoiado por muitos, pode criar políticos perigosos, líderes religiosos perigosos que guiam as pessoas para a destruição.

Esta questão de depositar no outro a responsabilidade é também falta de autoestima de quem idolatra, pois precisa de outra pessoa para concretizar algo que ele acredita que não seja capaz.

Como o desonesto se faz de ídolo ou salvador?

Na grande maioria das vezes, os desonestos oferecem a salvação ou facilidades por promessas irreais como entrar em faculdade sem fazer prova, por exemplo. Assim alguns políticos são eleitos. Eles manipulam os sentimentos negativos e as esperanças das pessoas.

Fanatismo

O fanatismo é indicador de doença espiritual. É o extremo, resultante do bloqueio de todos os outros chacras anteriores.




Fanáticos aceitam apenas a sua própria crença, são radicais, possuem falsa moral (ele ou o grupo dele tudo pode, o dos outros nada pode). Os donos da verdade agem deste modo. 

Muitos não querem abrir para outras crenças porque não entendem ou não conseguem ainda compreender o que vem do outro e por não quererem descer do pedestal de serem o máximo rejeitam as outras crenças.

O fanatismo de futebol e de esportes em geral é muito comum. Só que leva a brigas de torcida, apoio a esportistas sem moral, mortes em torcidas organizadas.

O fanatismo religioso é bem mais sério. Já se matou muito por religião, já se feriu muito por conta de religiões. Já foram criadas guerras. Grupos foram perseguidos e exterminados. 
Calúnias foram lançadas.

Imagine um fanático evangélico que fica querendo converter os outros. Diz "Jesus te ama" toda hora, porém muita gente entender Jesus mas não quer ser evangélico. De tanto encher a paciência, ele provoca o contrário. Quem entra em contato com ele se enche da pregação e fica com vontade de ser ateu. 




O fanatismo de ídolos musicais e artistas em geral algumas vezes levou a patologias como fãs doentes que chegam a matar seus ídolos. Estes artistas como Justin Bieber são utilizados pela elite global para estragar o arquétipo de Animus das meninas que num futuro vão querer homens que tenham tendência marginal dentro do seu inconsciente.

O fanatismo político hoje em dia é o pior. As pessoas são capazes de apoiar líderes violentos, ou mesmo acreditam em matar por partidos. Tem pessoas que chegam a desfazer amizade no Facebook por conta disso, malham artistas e atletas. Há muita mentira de todos os lados.

O fanático geralmente não muda de opinião. Mesmo com tantos vaivéns na política eles tomam posicionamentos iguais, porém mais “discretos”.

Querem obrigar os outros a tomarem partido mesmo quando claramente todos os lados são altamente imorais. Justificam tal postura querendo que o “menos pior” seja escolhido.

Energias espirituais ligadas ao fanatismo

Na homeopatia, o fanatismo é resultante de energias mais pesadas, miasmas mais pesados, como o Luetismo (que resulta em doenças muito graves) e o Cancerinismo (sim é a energia que resulta em câncer). O miasma do luetismo leva a obsessão que é um passo para o fanatismo. Estas energias levam a atitudes destrutivas para com os outros e para com si mesmo.

EXEMPLOS DE SOMBRAS

Coloco aqui o exemplo dos radicais muçulmanos e dos radicais cristãos. A sombra dos radicais cristãos é projetada nos radicais islâmicos que depois se percebe que são bem parecidos.


Cristãos e Muçulmanos Radicais 



Os dois defendem o uso de armas e a guerra contra alguém. Os dois lutaram contra comunistas, os muçulmanos lutaram contra eles no Afeganistão e os cristãos radicais americanos sempre pensaram assim. Aqui no Brasil elegeram como comunistas os do PT e PC do B ou PC.

São altamente machistas, acham que lugar de mulher é na cozinha. Ambos acham que a culpa do estupro é da mulher e apedrejam seja com pedras ou com palavras a mulher que sofre estupro.

Tem preconceito contra homossexuais, consideram o homossexualismo doença que deve ser curada, apontam livros religiosos para condenar os homossexuais. Os muçulmanos radicais matam homossexuais e os cristãos procuram incutir a culpa e a vergonha nestas pessoas, destroem a autoestima e pregam que somente os homossexuais são pedófilos por exemplo (quando quem trabalha – como eu – atendendo casos de pedofilia sabe que a maioria dos casos de pedofilia são cometidos por familiares ou amigos e são heterossexuais em 90% das vezes). Excluem os homossexuais dos ambientes de convívio. 

Acham que devem bater em filho que é ou tem esta tendência. É interessante como Hitler e Stalin fizeram a mesma coisa e mataram homossexuais. Ambos eram ditadores. 

Ambos acreditam que precisam de uma ditadura para governar.

E sobre ditaduras:

Stalin, Hitler e a ditadura militar no Brasil tiveram tortura, estupros. Em outras palavras, violência. Todos defenderam a morte dos seus inimigos e despejaram todo o mal, todas as culpas naqueles que se opunham. E quando isso acontece, crimes são cometidos iguais ou até piores do que os que eles achavam que os seus opositores teriam cometido.

Há censura em todos os casos e perseguição aos que se opõem. Livros são queimados, informações são ocultadas.




PACTO COM AS SOMBRAS

O pacto com as sombras é o pacto com o lado negro da força dentro de nós. As pessoas que vão fazer pacto com pessoas de seitas e religiões deste tipo, que cultuam entidades demoníacas nada mais fazem do que se renderem às energias, sentimentos e crenças negativas que existem dentro de si mesmos. Quando o fazem perdem o senso moral e ético e agem ferindo os outros.

São convencidos por estes grupos, como os Illuminati, grupos de macumba e magia negra, seitas de extraterrestres reptilianos, que obterão sucesso, fama, dinheiro, tudo o que quiserem em termos do mundo material, porém tem de seguir as regras destas seitas que levam as pessoas a se entregarem às forças inferiores.

Como eles neste mundo, nesta Era que está passando, que é conhecida como a Era das Trevas, estão no domínio de quase tudo, estão nas posições de poder (adquiridos pela força e pelo medo imposto aos outros por serem altamente psicopatas), podem fazer estas pessoas realmente adquirirem sucesso, fama, dinheiro, tudo o que quiserem do mundo material, reinos terrenos como o que Satã prometeu a Cristo se Ele cedesse no deserto. 

Uma pessoa que entra neste culto quer ser famosa. Pessoas do culto estão nas posições de poder nos meios de comunicação, farão com que estas pessoas se projete para a fama, por exemplo. No entanto, a pessoa terá que aceitar as regras do jogo sujo, doar a energia para rituais em que ferem outras pessoas.

No entanto, é claro que quem vende a alma deste jeito acaba por sofrer os carmas decorrentes dos atos que fazem contra as pessoas.

ILUMINAÇÃO

Terceira dimensão e o inimigo

A terceira dimensão é onde reina a dualidade. As pessoas precisam de um inimigo, portanto tem a tendência a projetar a sombra no outro, no “inimigo”. O mal sempre está no outro. Para chegarmos na unicidade, precisamos entrar no Vale das Sombras.

“Ainda que eu andasse pelo vale das sombra e da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo;”

É um salmo do Rei Davi. 

Salmo 23
O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Os inimigos são nossas sombras internas. Ungir a cabeça com óleo é abrir o chacra coronário, ou seja, abrir todos os chacras, limpar a alma e fazer o cálice (chacra coronário) transbordar.


Cabala e Chacras




A primeira chave é a humildade de reconhecer-se falível e imperfeito. 

O segundo passo é parar de apontar os erros nos outros. Como já disse Jesus, não julgar. No entanto, não julgar não é deixar tudo na impunidade como acontece neste país! Muitos querem a punição e o julgamento apenas de uma parte e não admitem que a sua parte também errou.

Começar a enxergar dentro de si o que há de errado.

A maturidade espiritual traz luz ao preconceito, através do amor ao próximo e do conhecimento. Por exemplo, ter amigos de todas as cores de pele, de todas as classes sociais, de todos os gêneros, de todas as religiões ou sem religião, de todos os posicionamentos políticos ou apolíticos. Conhecendo mais profundamente outras pessoas, dá para quebrar os preconceitos.

Uma das chaves está no autoconhecimento, na reforma íntima, na humildade e no querer corrigir dentro de si estes sentimentos negativos e as crenças que bloqueiam os chacras. Quando resolvemos estes sentimentos dentro de nós mesmos, não temos mais necessidade de projetar nos outros as nossas sombras. Diminuímos o número de inimigos e tornando-nos pessoas melhores conseguimos melhorar o mundo por consequência. 

É importante procurar conhecer as religiões diferentes e crenças diferentes antes de julgar e de dizer que acha que é ou não verdade.

Depois o passo é fazer o que é correto. Começar a agir e a encontrar soluções por si mesmo. Começar a cobrar que se faça o correto, que é a justiça, não a impunidade. 

Não depositar no outro a salvação e nem a responsabilidade dos atos e pensamentos.   
Mestres e gurus podem ajudar, porém o trabalho é interno e particular.

Enfim, não há como escapar. A reforma íntima, a humildade, a ampliação do conhecimento, o trabalho.

Só assim conseguimos iluminar as sombras.





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