Esportes e as Novas Gerações

Esportes e as Novas Gerações

Alguns esportes foram criados para dar vazão a instintos mais agressivos de pessoas, grupos e nações. A imensa maioria dos esportes obedecem a regras da dualidade do mundo antigo. Ganhar ou perder. Atacar e defender. Um contra o outro. Inferior e superior. Uma nação contra a outra. 

Para ganhar é necessário humilhar o outro, fazer o outro chorar. É necessário enxergar os pontos fracos dos outros para atacar. Palavras como destruir, humilhar, acabar, rebaixar, são muito utilizadas. O inimigo é sempre o outro. 


Nas Copas e nas Olimpíadas, as pessoas se vangloriam das nações e procuram humilhar as nações dos adversários. Apenas os que ganham são exaltados. E pior, no Brasil os próprios jogadores são humilhados. Que respeito existe nisso tudo?

Seres Cristais e Arco Íris e índigos não vão muito bem nessa frequência. Ou falta ainda os esportes coletivos de times melhorarem e as pessoas melhorarem para que exista uma consciência maior de coletivo sem pensar em guerra apenas nestes esportes. 

Já o Surf 🏄‍♂️ e os esportes radicais, o atletismo e os esportes ditos artísticos tem outra pegada. Outra mentalidade. 
Por isso Gabriel Medina e outros brasileiros lá. Assim como o skate com Fabíola Silva, Bob Burnquist. E outros brasileiros. Quando estava na residência de pediatria atendi uma menina que era skatista e era amiga do Sandro Dias ela ia competir junto com eles. Ela estava com hipertireoidismo. 

São os esportes radicais, o atletismo, a ginástica olimpica e artística, patinação artística. Esses são os esportes onde você vai encontrar índigos, Cristais e Arco Íris e as novas gerações se dando realmente bem. 

Por quê? 

Seja paraquedismo ou surf ou parapente, asa delta, motocross, mountain bike, dos esportes radicais. Ou outros esportes tradicionais como o hipismo ou o atletismo todos tem em comum o contato com a natureza e com animais. 

Já o skate e o Parkour mesmo inseridos dentro da cidade tem características parecidas com todos estes esportes citados. 


A primeira característica e a do desempenho individual. É você com você. Não é você contra o outro. O inimigo a vencer é você mesmo. Se você não está bem, o surf não rola direito. Esse negócio de um contra o outro e coisa da dualidade. Mentes mais elevadas olham para dentro de si e não para os outros. 

Segunda característica: 
Não é uma guerra, para destruir o inimigo, humilhar. É uma arte, criar uma performance, dar um show próprio. Isso fica bem claro na ginástica artística e na patinação artística, no nado sincronizado. 

Terceira: Tem tudo a ver com concentração e estar no presente. É como uma meditação. Na hora só tem você, a prancha e a onda. 

Quarta: Sim nesses esportes não dá pra ter medo. As novas gerações não tem medo. 

Quinta: Conexão com a natureza e o entorno. Para cavalgar é necessário se conectar com o cavalo, como o que ocorre no hipismo. Como em Avatar. A mágica é sentir e conectar a alma seja de outro ser vivo, seja da Mãe Terra ou partes dela, como o mar, o rio (como na prática do caiaque), a Floresta (no mountain bike), a montanha e a neve (no skate board e no ski).

Você precisa sentir o espírito dos animais e da Natureza. Para se sentir bem e perder o medo. Conectar-se é como se integrar com a força que move tudo. 

Sexta: Tem a ver com o autoconhecimento. Você vê os seus erros, como você pode melhorar. Não ficar enxergando erros no adversário para prejudicar o outro. Não é atacar o ponto fraco do outro. 

Sétima: O que vale é o caminho. Pegar a onda já dá uma sensação tão boa, é tanta endorfina que já vale apenas estar ali mesmo sem ganhar nada ou sem ser considerado melhor ou pior ou sei lá o quê. 

Oitava: Aprender o equilíbrio não só do corpo mas da mente também. Ficar em cima de uma prancha requer equilíbrio mental além do físico. 

Nona: Cooperação e cuidado com o próximo. No surf existe uma etiqueta que é também necessária para não machucar os outros e não se machucar. Saber lidar com as ondas, saber manter a distância para não bater uma prancha na outra, para não bater a prancha em outro surfista. Em outros esportes  a canela dos outros é alvo preferido de muitos. Dar rasteira, machucar como no Hóquei no gelo parece ser regra. 

Décima: Aumento importante da consciência ambiental. Pois o contato com a natureza é frequente. Surfistas estão entre os primeiros a pensar na questão ambiental - como Jack Jonhson o músico e os oceanos cheios de plástico.
O vocalista do Midnight Oil, que surfava, Peter Garrett, foi um dos diretores do Greenpeace que conseguiu criminalizar a caça às baleias e chegou a ser ministro do meio ambiente na Austrália onde implantou a coleta de lixo seletiva no país inteiro e a reciclagem.

Foi num vídeo do canal de esportes radicais, o Off que vi um cara do pranchão - stand up paddle - dar um alerta importantíssimo sobre a Amazônia e as represas que querem construir no Peru que podem secar o Rio Amazonas. 

No dia em que as pessoas começarem a encher os estádios não para lutar país contra país, povo contra povo, grupo contra grupo, mas sim para todos juntos pensarem em soluções para o mundo, aí sim é que diremos que a humanidade realmente evoluiu. 


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